Ao Vivo: Walter Benjamin @ Belém Art Fest

Na minha incursão pela música que se vai fazendo por cá, fui descobrindo vários projectos que encaixam comigo (uns mais do que outros, é certo). 

Walter Benjamin, qual alter ego de Luís Nunes é um desses casos. 
Conhecia-o de nome, muito por causa do trabalho com outras bandas que acompanho, mas ainda não tinha tido oportunidade de assistir a um concerto em nome próprio. Comecei a ouvi-lo no ano passado, e "the imaginary life of rosemary and me", o disco de 2012, não mais saiu do iPod.

Foi um dos nomes anunciados para o Belém Art Fest e o principal motivo para lá estar no segundo dia.


créditos: concertina

Eram quase 21.30 e não estava muita gente na sala quando chegámos, o que me deixou algo apreensiva. Não sou fã de atrasos, mas neste caso, ainda bem que o concerto não começou a horas. 
Quando Walter Benjamin subiu ao palco, o espaço já estava mais composto. 
Apresentou-se a solo com a sua guitarra, para uma interpretação intimista de "Your House" e as primeiras palavras para o público - a simpatia de Luís contagia. 

Para os temas seguintes, contou com a ajuda dos restantes companheiros - dei-me conta que já conhecia dois deles, do Musicbox no projecto "Hombres com Hambre". 


créditos: concertina

Fiquei surpreendida com a energia das canções ao vivo, de tão bem que elas soaram.
Não pensem que em disco são más ou fracas, longe disso. 
São mais serenas, mais calmas, mais íntimas. 
Ao vivo, têm uma força que mexe connosco. Enchem a sala, muito por culpa da bateria, das teclas, do baixo. E claro, a voz de Luís Nunes é envolvente - um tom mais grave, daqueles que eu normalmente gosto muito. O à-vontade em palco com os músicos fazem do concerto mais um grande momento, aquela coisa tipo reunião entre amigos. 


créditos: concertina

Acredito que a maioria não fosse público fiel, muitos provavelmente não sabiam quem ele era. Mas responderam à altura quando Walter Benjamin puxou pelo público. 

Tem graça quanto baste, arrisco mesmo a dizer que tem carisma em palco. 

O alinhamento intercalou temas mais recentes com outros mais antigos. "24", "Mary" (A musica da Chavininha), "High Speed Love" são alguns dos temas que me arrancam sorrisos. 

A fechar - há sempre tempo para mais uma mas o público tem de ajudar porque só assim faz sentido - «we might never fall in love, but you can kiss me anyway...», em coro, entusiástico, até. Claramente, um dos temas mais incríveis para se fechar um concerto.


Gostei muito. E - sou suspeita pelo o que vou dizer - acredito que Walter Benjamin terá ganho mais uns fãs.

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